A
soja, já há algumas décadas, é tratada como uma “estrela” no universo dos
alimentos tidos como saudáveis. Inúmeros nutricionistas, jornais e revistas
especializadas a recomendam.
MAS…
e se toda esta história for apenas mais um mito criado pela indústria (da soja,
obviamente) para vender sua produção? Seria possível que um conjunto de seres
humanos crie uma estratégia de disseminação de meias-verdades e propaganda
enganosa para vender produtos que trazem, na realidade, mais malefícios do que
benefícios?
Os
proponentes dos benefícios da soja alegam que o valor e a segurança dos
produtos de soja foram provados ao longo de vários milênios de uso na Ásia
Oriental. Infelizmente, isto é apenas meia verdade. Sim, a soja foi cultivada
na Ásia durante vários milênios, mas não como alimento – inicialmente, era
utilizada em regime de rotação de culturas para fixar nitrogênio no solo. Por
muito, muito tempo não se considerava a soja como algo adequado para comer, até
que por necessidade (muita gente, pouca comida) os orientais desenvolveram
a fermentação da soja e assim criaram molhos como o shoyu, o tamari, o natô, o
missô e o tempê.
A
sabedoria dos antigos compreendia que a soja que não é preparada devidamente é
altamente indigesta e contém diversos elementos indesejáveis. Algo que foi e é
“ignorado” por aqueles que propagam o uso irrestrito da soja, na forma do grão
integral cozido, na forma de “carne” ou “leite” de soja e nas inúmeras formas
de soja não-fermentada, desnaturada pelo calor excessivo e/ou pressão, tratada
com químicos, fracionada ou coagulada para se transformar em tofu e proteína
isolada de soja.
Atualmente,
praticamente toda a soja disponível no mercado (93% é o percentual exato,
de acordo com o FDA americano) é transgênica – geneticamente modificada para
ser resistente à agrotóxicos que matam todas as outras formas de vida, menos a
soja, o que a torna ainda mais prejudicial, porém fornece maior lucratividade
por metro quadrado.
A
soja é um dos alimentos com maior quantidade de ácido fítico já encontrados, e
ao contrário dos fitatos na maioria dos grãos, os fitatos na soja são altamente
resistentes à imersão e ao cozimento. O ácido fítico é largamente
estudado por impedir a absorção de minerais como ferro, magnésio, cobre, cálcio
e especialmente zinco. Ingerido frequentemente pode levar à carência desses
minerais (3, 4, 5, 6, 7, 8). Apenas um longo período de fermentação irá reduzir
de forma significativa a quantidade destes antinutrientes.
A
soja contém também uma substância chamada hemaglutinina que causa aglutinação
das hemácias podendo levar a produção de coágulos sanguíneos. O inibidor de
tripsina e a hemaglutinina são considerados substâncias inibidoras do
crescimento.
Os
chineses sabiam disso e, portanto, só consumiam a soja fermentada. A
fermentação, realizada por micro-organismos benéficos (probióticos), pré-digere
a proteína em aminoácidos e inativa tanto os inibidores enzimáticos quanto os
antinutrientes. Desta forma a soja se transforma em um alimento altamente
biodisponível, apto ao consumo humano. Se a soja não for preparada
desta maneira bem específica, ou seja, por fermentação lenta, o melhor é
evitá-la.
Vamos agora falar do Leite
de soja ……..
Leite
de soja é altamente indigesto e carrega em sua composição todos os
antinutrientes e toxinas advindas do processo de industrialização, além disso
há grandes chances de causar sérios desequilíbrios hormonais. Em meninos, esses
desequilíbrios se manifestarão em problemas cognitivos e dificuldades no
aprendizado (9, 10). Nas meninas há a chance de desenvolvimento sexual
prematuro, sinais da puberdade se manifestam antes do tempo esperado, e, em
alguns casos, assustadoramente antes. (11, 12, 13)
Consideremos
o processo envolvido no feitio do leite de soja. Primeiramente, com o objetivo
de remover alguns dos antinutrientes (mas não todos), os grãos da soja são
mergulhados em uma solução alcalina. Esta mistura é então cozida em panelas de
pressão gigantescas, algo que desnatura a proteína da soja a tal ponto que a
torna algo muito difícil para o corpo digerir. A solução alcalina em que os
grãos ficam de molho deixa neles um carcinogênico (cancerígeno) chamado lisinealina.
Portanto,
se é absolutamente necessário beber leite vegetal de alguma espécie, que seja o
leite de amêndoas, de gergelim, de coco, de castanhas, de nozes, de girassol,
de linhaça, de quinoa ou, em último caso, de arroz.
CONCLUSÃO:
Não consumir mais do que 30g soja por dia – se tanto.
Consumir apenas as formas fermentadas – tempeh, miso, natto e molho de soja.
Escolher bem a soja, cuidado com a transgenica!
Fonte: https://flaviopassos.com/o-mito-da-soja-como-alimento-saudavel
Comer bem é saber escolher melhor!
Comentários
Enviar um comentário